sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O MEU PAI


“Aquela madrugada que
Viu lágrimas correrem no teu rosto
De alegre se fez triste como se                                   
Chovesse de repente em pleno Agosto”

 (Manuel Alegre – in  O CANTO E AS ARMAS)





Deve ter sido num dia assim que meu Pai partiu para a França. Não assisti. Estava na tropa. Ou no Porto. Ou em Lisboa. Ou em qualquer outro sítio. Não me lembro, nem me quero lembrar.
A sua fotografia nos seus trinta anos na quinta dos Brasileiros numa das festas que o Senhor Oliveira, o Manquitó, dava na sua chegada a Areosa. Ao seu lado a Luzia, mãe do Zé Oliveira Carvalho, Brasileiro Português de Areosa, que nasceu no mesmo ano que eu, no Porto e que aos três anos foi para o Brasil mas nunca deixou de ser português. Por cima estão o Sr. Morais da Casa do Léro ( se não me engano!) e o Senhor Ernesto Mina, este encostado ao gradeamento, que não é mais nem menos que o pai de João, do Necas, da São, da Irene, do Ernesto, e da Fernanda e que morreu aos quarenta do auge da sua vida!

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