sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

LENGA LENGA AO JANTAR

Pela boca que é a minha
Morre o peixe que é sardinha
Que ás vezes é lucinha
(outras vezes bacalhau
daquele pescado à linha)
Raras vezes é taínha
Misturada com farinha
De milho, trigo, centeio e polinha
Na sertã bem fritadinha
Pois só se mata galinha;
se houver festa da Santinha
Quando o dono tem morrinha
Quando esta tem a galinha
Ou o bicho é da vizinha

E ao cair da noitinha
Avô, Avó, Pai, Mãe e Madrinha
Mais a minha irmã Carminda
Vão rezando a ladaínha
Padre Nosso Salvé Raínha


E o Prior que é fuínha
Assustou a andorinha
Na Páscoa de manhãzinha
Ao tocar a campainha
Por estas Terras de Vinha
Na passagem pr'a Caminha
A toupeira e a doninha
Lavraram o Campo da Linha
Onde os pinheiros dão pruma
E as oliveiras não dão azeitonas
Porque a imaginação já andava longe da Cozinha

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