domingo, 12 de abril de 2020

A Paixão de Cristo

A Páscoa!


Esquecidos de Cristo, aliviados pelo ritual do beijo da Cruz, costumávamos passar por esta época em confraternização com outros tantos como nós, aos cagões de casa em casa, ou a lavrar os largos, catando as amêndoas atiradas à tola da multidão acompanhante do compasso. E a alegria que dizem brotada do anúncio da ressuscitação, eu diria que do vinho, acabava na recolha da cruz que em muitos lados era conhecida pela Procissão dos Bêbados!

Este ano alguém se lembrou de nos lembrar que nem tudo é um mar de rosas. E a nossa geração, que ouviu contar,  leu nos livros ou foi à Wikipédia e só assim soube da segunda guerra ou da gripe espanhola, andava arredada da penitência. Até que alguém se lembrou de nos lembrar que nem tudo é um mar de rosas. Uns dizem que foi Deus. Os americanos dizem que foram os chineses!

Mas como andávamos esquecidos de Cristo alguém se lembrou de nos meter a sua imagem pelos olhos dentro. Eles, os Cristos de agora,  aí estão. Todos de cara tapada ( para preservar o anonimato) num esforço sobre-humano em socorro dos atingidos por mais uma praga do Egipto.

Quanto ao Cristo, ele mesmo que muita boa gente diz não ter existido, também não é das nossas relações. Existe um conto com dois mil anos. Nada mais para além das Cruzes, dos Crucificados e das Vias Sacras que encontramos nos caminhos e nas imagens dos santinhos!

No entanto esse tal conto tem sido contado tanto nas igrejas como nas iconografias. Na literatura e também no Cinema. E depois de muitos exemplos, aqui há uns anos atrás, um tal Mel Gibson, numa realização tanto improvável como surpreendente, ofereceu-nos uma visão de Cristo como nunca antes tinha sido conseguida.

Daí o Filme A PAIXÃO DE CRISTO que paradoxalmente vi classificado, mesmo até pelos evangelistas da igreja católica apostólica e romana fazendo o jeito nem sei a quem nem sei porquê, como demasiado "sangrento".

De facto o realismo é arrasador! 

- Seria um exagero?

Pensemos! 

- O sacrifício e flagelo de Cristo não teria sido assim tão lancinante. Dizem!

- Então a mensagem transmitida aos assistentes não teria sido a de um sofrimento atroz e insuportável para qualquer humano??

- Se a salvação do mundo fosse resolvida por um par de bofetadas, até eu me ofereceria para o redimir!

- Mas o sofrimento de Cristo não foi para ser suportado por um qualquer. 

- Apenas por um eleito!

E acerca desse filme vejam o testemunho de Jim Caviezel, que interpretou Cristo!
Ele que curiosamente é JC e tinha 33 anos aquando da rodagem.

Retiro desta entrevista a seguinte passagem!


"Cada geração de americanos ( eu diria apenas cada geração) deve saber que a liberdade não existe para se fazer o que se queira, mas para ter o direito de se fazer o que se deve.


Tone do Moleiro Novo ( que dá graças a Deus por ser ateu)

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