sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Limpeza da Bouça de S. Mamede



Limpeza da Bouça de S. Mamede

No passado dia 22 de Agosto de 2018 recebi um telefonema dos serviços Administrativos da Junta de Freguesia de Areosa, pelas 15H34 - tlm 937 404 127 -  instando-me que tinha que limpar a Bouça do Moleiro Novo em São Mamede pois que teria a Autarquia recebido algumas queixas de que o terreno não tinha sido limpo.

Acontece que toda a Bouça fora limpa no inverno de 2016/2017 conforme vídeo realizado por esta altura e do qual dei conhecimento, via Baldio de Areosa,  ao Gabinete Técnico Florestal da Câmara de Viana do Castelo e Junta de Freguesia de Areosa entre outros.    (28 de Julho de 2017)

Ver em https://www.youtube.com/watch?v=NmCrFohcUUs&t=9s





Do estado em que ficou tanto é o testemunho desse vídeo como o presencial das Técnicas da Associação Florestal de Vale do Lima, Engas. Dulce e Cristina que, na minha companhia, passaram no local. Tendo-lhe eu explicado que quem realizara o trabalho fora a minha pessoa auxiliado apenas por uma foucinha de cortar erva.

Acontece no entretanto e porém que é publicada em ainda em 2017 a lei tal que obriga os proprietários em certas circunstâncias a limpar os terrenos até a um tal dia tal, prolongado depois até ao dia tal, já neste ano de 2018.

- Mas qual a necessidade então de limpar outra vez aquilo que tinha sido limpo no ano anterior? 

Atira-nos esta questão para duas observações:

A primeira é a periodicidade da limpeza que se deve fazer no monte. Na tradição de Areosa essa periodicidade era de cinco em cinco anos. Isto nos terrenos em que a Autarquia tinha superintendência. No caso de terrenos particulares dependia da necessidade de matos que cada um tinha. Assim tanto poderia ser de cinco em cinco anos como noutro intervalo mais curto, qualquer

A segunda é que se houver todos os anos uma lei que imponha essa limpeza desses terrenos se faça até uma determinada e de uma maneira total, essa limpeza só poderia ser feita com recurso a uma empreitada com uma equipa de trabalhadores que a terem de ser pagos acarretariam encargos que em dois ou três anos excederiam o valor da própria propriedade.

Assim a solução intermédia é proceder a uma limpeza contínua no tempo, que faz com que  na área da bouça haja sempre áreas  por limpar outras em regeneração natural e outras em processo.

Assim sendo pediria desde já à Junta de Freguesia de Areosa que fosse fornecido este esclarecimento a todos os que porventura se queixem na Autarquia de que a Bouça do Moleiro Novo não está limpa. Na certeza porém  de que na altura coloquei o seguinte letreiro no Portão da Bouça do Moleiro Novo





e ninguém apareceu para me ajudar. ( É mais fácil apresentar queixa à Junta.)

Por ironia do destino A Escola EB1 com a colaboração do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental da Câmara de Viana do Castelo, realizou um filme a que chamou  
A Fia do Bosque Desgrenhado.









































Nesse filme os participantes movimentam-se no meio dos molimes, espécie  dominante que a haver necessidade de serem eliminados para cumprir a Lei a Limpeza, esta teria que se realizar duas vezes por ano. 

( O restante material encontrado em certas áreas de reduzida dimensão, não passam de exemplares pontuais de silvas, mato e giestas, espécies protegidas. Evidentemente!)
Acontece que se eu tivesse limpo atá ao tutano toda a Bouça e deixado o terreno no osso,  onde é que a Escola e o Ambiente da Câmara encontrariam o tal bosque desgrenhado para filmar a Fia???
























Na imagem as Feiticeiras no Bosque desgrenhado

De realçar que do tal Ambiente da Câmara não foi feito qualquer reparo ao estado de limpeza do terreno. Antes pelo contrário agradeceram a disponibilidade do proprietário constando uma referencia especial do ENG (!) António Lopes na própria ficha técnica do Filme. Sendo até salientado na própria apresentação do filme o estado natural em que foram encontrar a área, ideal para a realização de tal filme.

Mais ainda. Esse agradecimento foi-me enviado pessoalmente. Ver o respectivo protocolo.




Quanto à limpeza em processo ela continuará ( não necessito de Leis que me imponham um determinada data  limite para que continue a fazê-la ) pois como é do conhecimento geral eu não abandonei nem abandonarei a bouça em S. Mamede à espera que a Lei me impusesse ou imponha  um limite para limpá-la.

Este ano e antes das Festa de S. Mamede, removi um pinheiro que se encontrava a obstruir a entrada tendo sido limpa algumas áreas adjacentes. Já depois da Festa foi removido, junto ao muro Sul, um outro pinheiro que se encontrava derrubado por um temporal. Mais uma área foi limpa. Mais recentemente e junto ao muro que parte com o Adro de S. Mamede, foram cortadas diversas giestas e algum mato envolvente. O trabalho continuará dando a volta pelo Norte até encontrar de Novo o Portão de entrada virado a Poente.

Pela Primavera a bouça estará limpa outra vez, para recomeçar a limpeza no ponto de partida. Nessa altura farei uma coisa que não fiz nesta última oportunidade. Enviarei  um pedido de auxilio às autoridades, a saber GTF da Câmara de Viana  e ao Ministério de Agricultura para que me seja pago o meu trabalho em prol daquilo que se considera fundamental na prevenção e combate aos incêndios que é limpar as matas.

( ás tantas vão lá inspeccionar e levarei sopas pois no entretanto os molimes, matos e giestas já estarão o suficientemente crescidos para argumentarem que afinal a bouça não estaria limpa)

No entretanto sou ameaçado com a Lei que se não proceder à limpeza sou coimado!

Resumindo. A prática do Estado nessa prevenção poderá resumir-se a este Slogan -

- LIMPEM AS MATAS SE NÃO APANHAM UMA MULTA

Preferiria que fosse

- LIMPEM AS MATAS QUE O ESTADO COMPENSA-OS

Pois que para o combate ao fogo  não falta dinheiro para pagar a bombeiros, aviões, sapadores e outros doutores.

Aos donos dos terrenos é que não chega nenhum. Mesmo que limpem!

Dizem que não conhecem os donos. Mas conhecem para mandar a conta do IMI. 

E no combate ao fogo ninguém pergunta quem são os donos. 

( Nem bombeiros e aviões pedem documentos antes de despejar água!)

Este argumento é muito curioso pois para passar multas acabam por demonstrar precisamente o contrário!

E aquilo que mais me phóde é o paleio!

Rés non Verba faria bem a muita gente!

tone do moleiro novo

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