3 de Janeiro de 2025
Para todos os meus amigos e também para aqueles que dizem que o são.
Para todos os que se lembraram dos meus anos e também para os outros que não.
Pobre, como sou e ainda mal agradecido, tenho que disfarçar esta minha última qualidade desejando que para o ano num se lembrem de me lembrar que sou Capricórnio ( salvo seja). Isso é que será um favor que me farão.
Mas num é que eu não celebre a data. Mais pela minha Nai que me pariu que pelo resultado que essa coisa da natureza costuma trazer no bico de um pássaro!
Assim dei em rir em frente ao espelho.
E como sou um gajo do paleolítico mas muito bem informado lembrei-me de dizer em voz alta um texto de DUARTE DIAS cuja particular recomendação foi ter nascido no Porto.
Ai cegos pensamentos, que enganada trouxestes minha alma! Quanto, quanto me custa triste o dilatado canto que eu muito quis e já não tenho em nada
O nome, o louro, a palma celebrada puderam em fim, malvadas línguas, tanto que se tornou em descoberto pranto, prémio devido a vida mal gastada.
Mas, ah! que eu mereci aquele vivo tormento que me aflige! Eu tenho a culpa de quanto mal padeço, pois levanto
coisas mortais. Acabe em choro esquivo, acabe, acabe, que não tem desculpa que por tão pouca coisa deixou tanto.
E o que mais me intriga é como esse tal Duarte Dias, escreveu isto sem me conhecer!
Tone do Moleiro Novo
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