quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Palestina - Aquele sítio

Quando se fala na Palestina há uma corrente opinativa que opina que não existe essa coisa de Palestina. Consequentemente não existem Palestinianos. Palestina seria então uma designação moderna não correspondente com a História.

Mas eu referindo-me à Palestina refiro-me a algo cujas referências são anteriores à minha chegada a este mundo. Não é invenção minha.

Aliás até o nosso Eça à Palestina se referiu.

Mas para não ferir a suscetibilidade dos suscetíveis em vez de Palestina vou referir-me àquele sítio como sendo aquele sítio. E assim sendo os Palestinianos passarão a ser referidos como os habitantes daquele sítio ou seja "os sitiados". Alcunha apropriada...diga-se.

Ora os rios de tinta gastos a falar da Palestina são lágrimas sem proveito dado que a Palestina nunca vai existir como tal mesmo tendo sido "criada" (???) pela tal resolução da ONU em 1949.

O destino da Pales...perdão daquele sítio foi ditado no momento em que os Ingleses derrotaram as forças Otomanas e ocuparam Jerusalém em 1917.

E uma das evidências mais recentes ( que a Palestina seria riscada do mapa) foi a decisão do Tump, ainda no seu primeiro mandato, ter mudado a embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém. Agora no início do seu segundo mandado entrou de chancas.











E os Palest...perdão, os daquele sítio (os sitiados) vão acabar como acabaram os Índios nos USA. Confinados a umas reservas no Egipto e na Jordânia. Libertando Gaza para uns lindos resortes à beira mar mediterrânico plantados. 

Aliás Trump falou de Gaza, de forma casual, enquanto assinava um dos seus cerca de 200 decretos na sala Oval: 

“Olhei para imagens de Gaza e aquilo parece um enorme local de demolição. Realmente... tem de ser reconstruída de uma forma diferente. Gaza é interessante, tem uma localização fenomenal. É à beira-mar, tem ótimo clima. Tudo é bom. Podem ser feitas ali coisas bonitas e fantásticas. É muito interessante”.

As observações de Trump foram de encontro aos comentários de Jared Kushner, por acaso seu genro, que já descreveu o propriedade à beira-mar de Gaza como “muito valiosa”.   

Mais tarde, acrescentaria Trump: “Não é possível continuar a ter as pessoas que lá estão — a maior parte delas está morta, de qualquer maneira. Eles não governaram bem Gaza. Dirigiram-na mal e de forma perversa. Isso não pode ser.”

VER - https://www.youtube.com/watch?v=gSoT22pCBGM

Ora toma e vai almoçar

Isto quanto a Gaza. Quanto à Cisjordânia nem é necessário tal. Os colonatos judaicos resolvem o assunto. Os Palest...os sitiados que se portarem bem ficam. Os outros que se vão embora. Se levantarem a grimpa acontece-lhes o mesmo que aos sitiados de Gaza.


domingo, 26 de janeiro de 2025

Barragem no Pégo

 NA  A AURORA DO LIMA de 23 de Janeiro de 2025


Ora cá está uma iniciativa muito oportuna.

Acontece que em Areosa e no Nosso Rio do Pégo muitas pequenas retenções se poderiam construir no seu percurso.

Mas no entretanto já começaram as obras de um empreendimento de muita maior dimensão aproveitando o desnível do Pôço Negro para o Pôço do Cascudo.

Ou seja já Areosa se antecipou na iniciativa.

Esta obra além da retenção das águas e seu aproveitamento energético vai também contruir para que a galharia desça e entulhe a passagem das águas na Ponte Nova. O que acontece no inicio dos Inversos nas primeiras chuvadas.

Aqui vai a imagem final do empreendimento.










(Da autoria do AA obtida por IA)

lopesdareosa

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

A CANÇÃO DE VIANA (SEM CASTELO)


A Canção de Viana é este o título do texto de Pedro Homem de Mello como aparece no seu PECADO de 1942... ...e quando, por último, proclama que: "A minha terra é Viana..." acrescenta,
acabando "Ai este sol que me abrasa/ E estas sombras que me assustam!"

Mas comecemos pelo princípio, que o fui encontrar em Almeida Fernandes numa alusão arrasadora  acerca daquilo a que, na sua fina ironia, chamou de... 

"VIANA DO CASTELO NENHUM!"

Está no MEADELA HISTÓRICA de 1994 na página 23, em rodapé, ao referir-se à parvoíce dos liberais de então e mais recentemente dos republicanos, tentando eliminar o nome da Santa (Marta) do topónimo da Freguesia, demonstrando que o PORTUZELO é apenas um acessório. 

(Mais recentemente os de Santa Marta tiveram que se impor perante os mesmos de sempre, ou seja, os de agora!) 

Já na página 131 O mesmo Almeida Fernandes, na mesma obra, quando se refere ao relacionamento da Meadela com Viana, afirma: 

"A história anda mal ou pouco conhecida...e conservar-se « do Castelo» é uma prova facciosa"

Mas a história, bem contada, está em COMO NASCEU VIANA -1958 - do mesmo Almeida Fernandes. Que a pags.28 coloca como nota (2) de rodapé quando se refere ao;

"...belo nome de Viana ... tão belo que só veio desfeá-lo chamarem-lhe «do Castelo». Tão belo que já ensandeceu cabeças de adoradores, que lhe inventaram Biduanas e Aradiosas."

E acontece que a história do pingente castelo no nome Viana está feita! Ver Matos Reis em...

https://loca-maritima.blogspot.com/search?q=Viana+cidade 

...ou seja, nos documentos emanados  da Câmara de Viana nada consta acerca de castelos. Aí, Viana, era do Minho.                  (Pessoalmente preferiria Viana da Foz do Lima, de documentos mais antigos.) 

Mas Viana foi ao crisma e Dona Maria, a segunda, acrescentou-lhe a do castelo sem explicar porquê e sem que para tal tivesse sido instada.

Ora a tal elevação da Bila de Biana foi pedida em 1845 mas só acontece depois da desilusão da Patuleia (já em 1848). 

Os revoltosos perderam na política os ganhos no terreno. E em Viana fizeram passar os defensores do Forte de Santiago da Barra, as passas do Algarve. No meio da refrega e vendo as coisas mal paradas um tal Melquiades Sobral foge e embarca em frente ao Rapelho. E vai à boleia dos Ingleses até Lisboa entregar as chaves da fortaleza à Rainha, deixando os seus correligionários à penúria e à sua sorte. Ou seja; este acto pretensamente parecido com aquele da lealdade  do alcaide que foi entregar as chaves ao Sancho, morto, para só depois prestar vassalagem ao Afonso III, posto, afinal não passou de um acto cobarde. O avinagrado José Caldas do alto do seu radicalismo e azedume apenas comentou desta maneira:         "Este acto porém resultou numa anedota infeliz"

Mas, no fim, e com o auxilio estrangeiro, quem ganhou foi a Dona Maria que, vai daí, fazendo a vontade aos vilões de Viana os promoveu a cidadãos! E acabou por lhes impor o tal castelo que apopulaça atrevida tinha colocado a ferro e fogo!

Curioso é que Alberto Antunes Abreu se tenha referido a esta bravata do Senhor Sobral como um;

"Notável Feito" 

(ver Para a História de Viana do Castelo - Ensaios I de 2004 pag 74

Também aqui AAA dá uma informação ambígua!  Que: 

"Este Notável feito...foi muito oportunamente aproveitado pela Câmara Vianense a concessão de antiga pretensão local: a elevação da Vila à categoria da cidade";

O correcto seria informar que já em 1845 (dois anos antes destes acontecimentos), a Câmara de Viana tinha formalizado  junto da Rainha a tal antiga pretensão local Mas nunca  se referindo, essa formalidade, a qualquer alteração do nome de Viana nem que deixasse de ser do Minho para passar a ser apenas ;"...do Castelo:" 

Até o Caldas, uns tempos mais tarde, se veio rir dos acontecimentos.  O que não admira!

É por mais evidente que os de Viana não ficaram lá muito agradados com a imposição da Rainha.

E ainda na correspondência a seguir à data da elevação a cidade (20 Janeiro de 1848) não utilizavam a nova designação. Nem nas próprias Actas. Mesmo a Heráldica nunca, até ao Estado Novo, considerou qualquer Castelo. O símbolo de Viana foi sempre uma embarcação ( Caravela, nau, galeão, lugre, catraia, fragata, chalupa barco a remos, pouco importa). Até nas propostas de Figueiredo da Guerra e de José Cirne nos fins do século XIX ou já no dealbar de XX, não há castelos! Só em 1931 é que aparece o tal castelo. Ver DG 1ª Série 203, 03 de Setembro de 1931.

Esta faceta está muito bem explicada por Antunes Abreu no mesmo trabalho. ( ver Para a História de Viana do Castelo - Ensaios I de 2004 pag 51) Mas apesar de todas estas evidencias e da posição de Almeida Fernandes, coisa surpreendente, dado os rasgados elogios que AAA lhe faz (a Almeida Fernandes), tanto no prefácio da MEADELA HISTÓRICA como em "...Para a História de Viana do Castelo - Ensaios I de 2004 pag 33"...Antunes de Abreu diverge do Mestre, .......pois em..."Para a História de Viana do Castelo - Ensaios III de 2007 pag 33"; página 41, faz a apologia do castelo adjungido a Viana em 1848.

Do texto realço duas passagens: "O nome de..Viana do Castelo"; ..."tem um significado que as armas falantes que lhe foram atribuídas consagram. Viana é o nome do lugar onde se instalou a vila. O castelo que lhe foi adjungido ao nome em 1848 tão bem e tão definitivamente lhe colou por vir de encontro à história e ao imaginário que lhe dá sentido."

- Qual história??? - Se é o próprio Antunes Abreu que explica que, no caso, não se trata verdadeiramente de um castelo mas sim de um amuralhado???

Ver 

"para a História de Viana do Castelo - Ensaios II de 2005 pag.

250-252"

-Imaginário???

- De quem??? 

Da Rainha decerto. Antes dela ninguém imaginou tal coisa.                     E continua Antunes Abreu;

"Por isso o nome lhe fica bem: Viana sem castelo seria uma cidade amputada de muito do sentido da sua história. Os nomes constituem, de facto, uma segunda natureza como muito bem poderia ter dito Aristóteles"

Esta passagem é demais! 

Em primeiro lugar LISBOA, por não lhe ter sido adjungido, ao nome, o castelo que tanto custou conquistar, é uma cidade amputada de um dos mais importantes estos da sua história.                                     ( E de Portugal- já agora)

Podemos deduzir. Se pensarmos bem faria mais sentido LISBOA DO CASTELO do que...

E depois vejam só! 

Não fora o improviso da Rainha Dona Maria, Viana seria Viana do Minho  e lá continuaria o Aristóteles com a sua razão de que;

 “Os nomes constituem, de facto, uma segunda natureza”. 

Natureza do Minho, no caso!

Afife, Dezembro de 2024

António Alves Barros Lopes

NOTA 

Este texto foi publicado na A AURORA DO LIMA em 23 de Janeiro de 2025

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Hão-de ir longe

 Espero que num venham discutir comigo essa coisa do hífen.

Vou deter-me em três noticias.

A primeira, a propaganda do "Limpem senão nós multamos" que diz respeito à obrigatoriedade de limpar os terrenos do monte sob a ameaça de multa.

Ver 

https://lopesdareosa.blogspot.com/2019/02/limpem.html

Aqui até se quantifica a ameaça.

Coimas até 10 000 Euros para particulares e 120 000 Euros para empresas!!!

e

https://lopesdareosa.blogspot.com/2023/06/esta-publicacao-no-dia-12-de-junho-de.html

Aqui a noticia  de 2023, de que em sete anos só 2,4 % da floresta recebeu apoios.

Vejam também a notícia 

https://observador.pt/2022/08/13/energia-libertada-no-incendio-da-serra-da-estrela-equivale-a-25-bombas-de-hiroshima/

Esta conclusão foi da responsabilidade de Miguel Cruz, comandante adjunto de operações na Autoridade Nacional de Proteção Civil, em conferência de imprensa. Para se ter noção da potência de um incêndio como este, o total de energia libertado ao longo do tempo foi de 766 terajoules“, informou o perito. Depois de o incêndio que durou uma semana ter sido dado como dominado esta sexta-feira à noite, a Proteção Civil está a realizar um novo ponto da situação sobre os trabalhos do escaldo onde estão ainda 1.465 operacionais.

Aqui podemos inventariar os seguintes dados:

A área ardida  -  14.757 hectares.

Duração do Incêndio - Uma semana - sete dias

Energia libertada em sete dias 766 terajoules

Operacionais no terreno um dia depois do incêndio - 1465

VER

https://www.publico.pt/2022/08/29/politica/noticia/efeitos-incendio-serra-estrela-numeros-2018697

E

https://observador.pt/2022/09/23/covilha-com-prejuizos-de-cerca-de-35-milhoes-de-euros-no-incendio-da-serra-da-estrela/

No dia 15, (setembro 2022) o Governo também aprovou medidas no valor de 200 milhões de euros para aplicar nos concelhos com maior área ardida este ano em Portugal. Da verba de 200 milhões de euros, “40 a 50%” é para os concelhos da serra da Estrela, segundo especificou, no dia 17, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa."

Nesta noticia há mais dois dados

Prejuízos causados pelo incêndio - 35 Milhões de Euros

Verba aprovada para aplicar nos conselhos da Serra da estrela;

-  90 milhões de euros.

Ver Também

https://observador.pt/2022/08/11/um-canadair-entre-os-8-meios-aereos-que-apoiam-combate-ao-incendio-na-serra-da-estrela/


"Oito meios aéreos, entre eles um avião Canadair, estavam pelas 08h50 a apoiar mais de 1.500 bombeiros no combate ao incêndio que lavra na Serra da Estrela desde sábado, segundo a proteção civil.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelo menos um avião Canadair está entre os oito meios aéreos mobilizados ao início da manhã para apoiar os 1.535 bombeiros no combate ao fogo, que contam igualmente com 473 viaturas.

O fogo, que começou no concelho da Covilhã e que se estendeu a Manteigas passou para os concelhos da Guarda e Gouveia (distrito da Guarda).

Durante a tarde de quarta-feira, o incêndio obrigou à evacuação de um parque de campismo no concelho de Manteigas, numa atitude que o comandante operacional de Lisboa e Vale do Tejo considerou de proatividade do município, “garantindo a segurança das pessoas”.

Os aviões Canadair estiveram inoperacionais na quarta-feira."

RESUMO

Bombeiros no combate - 1 535

Viaturas - 473

Um avião CANADAIR durante seis dias 

Mais 8 meios aéreos - Helis e avionetas (?)

https://sicnoticias.pt/especiais/incendios-em-portugal/2022-08-12-Fogo-na-Serra-da-Estrela-meios-aereos-concentram-se-na-frente-que-continua-a-preocupar-e0de42b9

"Fogo na Serra da Estrela: meios aéreos concentram-se na frente que continua a preocupar

Mais de 1.600 operacionais, mais de 460 veículos e 11 meios aéreos mantêm-se no combate às chamas."

Aqui                                                                                                          os operacionais já são - 1600                                                             Veículos - 460 e                                                                                     Meios aéreos - 11

Procurei dados sobre o custo total do combate a este incêndio e não os encontrei. Nem no relatório da AGIF sobre o mesmo. 

Ver AQUI

https://www.agif.pt/app/uploads/2023/04/Relat%C3%B3rio-Sintese-LA_IR-2022_Serra-Estrela-SNLA_SGIFR.pdf.

Sendo assim vou eu fazer as contas.

Área ardida - 15 000 Hectares

Combate a incêndio

1600 operacionais durante 7 dias                           600 000 Euros

1465 operacionais no rescaldo durante 2 (?) dias                                                                                                                 150 000 Euros 

460 veículos durante 7 dias                                  1 000 000 Euros

1 Canadair durante 6 dias                                         100 000 Euros

10 - Outros meios aéreos durante 7 dias                   60 000 Euros

 Valor da Energia perdida

766 Terajoules equivalente a  212777777 Kw mais uns trocos 

Considerando uma perca de 50% no aproveitamento dessa energia dá qualquer coisa próximo de 106000000 Kw a 0,15 Euros por Kw dá 

                                                                                 15 900 000 Euros

Acrescidos de prejuízos no valor de                        35 000 000 Euros   

Dá no total cerca de 53 000 000 Euros (1) que dividido por 15 000 hectares dá 3 530 Euros por hectare o prejuízo total do Incêndio.


Assim sendo:

- Tendo em conta que a limpeza de terrenos é essencial para a prevenção dos incêndios ( veja-se a obrigatoriedade) porque é que invés de multas, num se apoia os proprietários.???

Por exemplo, com um auxílio de 1000 euros por hectare.

- Porque é que havendo dinheiro para pagar o combate e suas consequências num se há dinheiro para a prevenção???

A RESPOSTA  DAREI-A (2) NA PRÓXIMA PUBLICAÇÃO


Nota (1) - Aceito correcção de quem tenha outros dados!

Nota (2) - Português actual segundo o nosso primer.

https://www.youtube.com/watch?v=w3WVQUAnE3U

lopesdareosa




 







sábado, 18 de janeiro de 2025

A Matemática, Jaime Carvalho da Silva e Jorge Buescu

 

https://www.mat.uc.pt/~jaimecs/pessoal/confdes.html

Eu chamo-lhe a linguagem de Deus!

E explico porquê. Sem tão pouco me referir ao seu (de DEUS) crédito.

Existe uma coisa chamada Natureza. Tudo. A nossa Terra e o restante universo.

- No entanto não havendo (num há) efeito sem causa quem é que inventou essa coisa da natureza?

Para aqueles que num gostam da palavra Deus, vou apenas falar da sua obra - A NATUREZA - pois se ninguém me explicar quem foi o autor da Natureza eu lhes assegurarei que foi DEUS.

E a história mostra-nos que a matemática é a "ferramenta" que através dos tempos foi explicando ou traduzindo os "fenómenos" da natureza para os quais o homem, não tendo explicação, os atribuía às mais diversas divindades.

Foi dessa forma que o Arquimedes conseguiu quantificar a capacidade dos corpos flutuarem.

Foi assim que o Newton conseguiu calcular a força com que a gravidade atrai os corpos.

O Hom e o Poincaré conseguiram enquadrar a electricidade na matemática.

O Einstein só de pensar conseguiu condensar as força da matéria numa fórmula matemática.

E por ai fóra.

Ou seja, quanto mais avançamos no tempo mais a matemática consegue explicar e traduzir os fenómenos da natureza.

Ou seja, a matemática é a linguagem com que conseguimos entender a Natureza. Ou seja é a linguagem com que conseguimos entender Deus. Ou seja, a Matemática foi a ferramenta utilizada por Deus para conceber a Natureza. Ou seja a Matemática é a linguagem de Deus.

Nós é que não a sabemos toda. E não sei se a humanidade a saberá um dia.

No entretanto vou dar um exemplo extremo dessa progressão.

A força da Gravidade e o seu conhecimento vem de Aristótoles e já da Vinci a tentava calcular antes do Newton. Mas foi este que a quantificou matematicamente. No entanto sabendo-se da existência dessa força e sabendo quantificá-la não se sabia da sua "qualidade".

Desconfiava-se de que a gravidade se manifestava através de ondas gravitacionais. Qualquer coisa parecida com as ondas hertzianas que ninguém as vê mas que andam por aí. Quanto a estas, estão dominadas e até se consegue arranjar maneira e dispositivos de as contrariar. Isto graças à matemática. No entanto não se consegue (ainda) contrariar a gravidade carregando num botão de um qualquer dispositivo concebido para tal.

Pensemos agora que no dia em que consigamos dominar as tais ondas gravitacionais. Nessa altura haverá uma revolução nos transportes. Quando for possível que através de um qualquer dispositivo libertar o veículo transportador da força da gravidade que o impede de progredir livremente.

Já estivemos mais longe. A existência das ondas gravitacionais previstas por Einstein já está demonstrada. Falta agora que a matemática as explique.

Toda esta treta para chegar aonde???

Ao contrassenso que é a dificuldade em aprender matemática.

O conceito matemático é das primeiras coisas que aprendemos logo à nascença. E isto à mesa com a família durante uma qualquer refeição. 

oh Mãe, quero mais bolo!

Pai, corte uma fatia grande

Mãe, deu três peras ao meu irmão e a mim só me deu duas.

Todas estas situações enquadram conceitos matemáticos.

- Como é que se explica o divórcio posterior quando todos nós chegámos ao  primário o secundário e daí por diante, depois de termos assimilado os princípios matemáticos no seio da família?

Fui encontrar esta mesma preocupação em Jaime Carvalho da Silva em 

https://www.mat.uc.pt/~jaimecs/pessoal/confdes.html

A educação e os demónios.

E o mais interessante é que este autor descreve o mesmo caminho que a mim me abriu os olhos.

Só depois do patamar máximo da minha aprendizagem da matemática ali no Instituto Industrial do Porto é que li 

O Encanto da Matemática de W.W.Sawyer

Curiosidades da Matemática de E.P.Northrop

E então compreendi onde é que havia logaritmos na Natureza quando se tentava aguentar um cavalo com o atrito de uma corda em volta de um poste. Situação descrita por JCS

Só depois é que me apercebi que observando a progressão  de um carro em aceleração se chega ao conceito de limite e de derivada. Ou seja do cálculo infinitesimal - O "Cálculo" puro e duro.

Aqui posso desvendar o impensável. 

De que o resultado da soma de uma sucessão de parcelas infinitas pode ser uma unidade finita.

Imaginem um metro. 

Um metro mede um metro. Mas um metro de fio de vela pode ser dividido por 2, por, quatro...por uma sucessão de divisões até ao infinito. No entanto a sua soma será sempre --um metro!

Pois é! Mas nunca algum professor de matemática me chamou a atenção dessa maneira.

O curioso é que é isso mesmo que, no século dezoito, o Filósofo Escocês DAVID HUME descreveu no seu TRATADO da NATUREZA HUMANA - Parte 2 - Secção II - Da divisibilidade do espaço e do tempo

Já agora leiam o que  Jorge Buescu ( ganhou o Grande Prémio Ciência Viva 2024.) escreveu sobre o assunto!

lopesdareosa


sábado, 11 de janeiro de 2025

Pedro Garcias

 PEDRO GARCIAS

Publica no PÚBLICO que publica muito bem!

E hoje também!


















E vale a pena ler!

Pelas informações, pelas opiniões mas também pelo divertimento!

Alegria. Até diria!

E hoje fala de Eça. Do Douro e sua linha. E do cego do comboio da linha do Douro.

E dessa leitura duas imagens me assaltam.

A primeira da volta de 1965 para 1966 alí em frente à Brasileira, no fundo de Sá da Bandeira, parava um cego.

Tocava concertina e aceitava o desafio dos passantes. Trocava com eles umas quadras. Muitos eram conhecidos e habituais que diariamente cumpriam aquela missa!

Talvez o Senhor Germano Silva se lembre dele!

A outra é a imagem de José Mário Branco. O Cego na Estação de São Bento do filme O RIO DO OURO de Paulo Rocha. 










(imagem retirada do cartaz anunciador do filme)









Mas num fui só eu a ficar impressionado. 

Aquando da morte de JMB, Jorge Silva Melo recordou histórias do cantor, como forma de o homenagear. "Nunca mais voltei a passar pela Estação de São Bento, no Porto, sem me lembrar deles, do José Mário Branco cantando um romance de cego e do Paulo Rocha, amigos. Sim, um dos mais belos filmes portugueses e uma das mais belas sequências de sempre. Era Cesare Pavese (num texto muitas vezes citado pelo Paulo) que dizia que o dever do escritor era encontrar a personagem que cristalizasse o lugar. O Cego do Zé Mário e do Paulo era isso: aquele lugar para sempre(...)".

Encontrado em 

https://www.contacto.lu/cultura/portugal-reage-a-morte-de-jose-m-rio-branco/435876.html

Talvez este fosse o mesmo cego pedinte, de Pedro Garcias, que descendo com o rio desaguasse na Estação de S.Bento!

lopesdareosa


domingo, 5 de janeiro de 2025

Santa Maria Madalena de Coeses - Lugo

Estive lá no dia dos meus anos ou seja no dia 3 de Janeiro de 2025.

Na Galiza profunda. 

Do sítio estas três imagens






















Aqui um hórreo num "pedestal" isolado no pátio da Casa


lopesdareosa

Lições de Português


Bem!
Hoje, Domingo em véspera dos Reis dei por ela no CM do tasco.
E depois no computador.
Desta feita no OBSERVADOR.
Acontece que sinto que devo ter ficado ultrapassado pela semântica.
Ou então será mais um caso de ambiguidade lexical.











O caso refere-se a que um alto dirigente da GALP andava de relacionamento próximo e pessoal (um eufemismo decerto) com uma directora do grupo.
Ou seja um assunto muito (ou pouco, também dá) assumpto!

Mas o certo é que o faitedivers foi classificado como enquadrando um eventual CONFLITO DE INTERESSES.

Como já assumi devo ter ficado ultrapassado por qualquer fenómeno linguístico envolvendo o léxico a sintaxe e a semântica. Tudo ao mesmo tempo.

Pois para mim a situação consubstantiva (!?) um flagrante caso de CONVERGÊNCIA DE INTERESSES.

Juntar o útil ao agradável!

lopesdareosa

sábado, 4 de janeiro de 2025

3 de Janeiro de 2025

 3 de Janeiro de 2025

Para todos os meus amigos e também para aqueles que dizem             que o são.

Para todos os que se lembraram dos meus anos e também para os outros que não.

Pobre, como sou e ainda mal agradecido, tenho que disfarçar esta minha última qualidade desejando que para o ano num se lembrem de me lembrar que sou Capricórnio ( salvo seja). Isso é que será um favor que me farão.

Mas num é que eu não celebre a data. Mais pela minha Nai que me pariu que pelo resultado que essa coisa da natureza costuma trazer no bico de um pássaro!

Assim dei em rir em frente ao espelho.

E como sou um gajo do paleolítico mas muito bem informado lembrei-me de dizer em voz alta um texto de DUARTE DIAS cuja particular  recomendação foi ter nascido no Porto.

Ai cegos pensamentos, que enganada                                                trouxestes minha alma! Quanto, quanto                                        me custa triste o dilatado canto                                                            que eu muito quis e já não tenho em nada

O nome, o louro, a palma celebrada                                              puderam em fim, malvadas línguas, tanto                                      que se tornou em descoberto pranto,                                              prémio devido a vida mal gastada.


Mas, ah! que eu mereci aquele vivo                                                  tormento que me aflige! Eu tenho a culpa                                      de quanto mal padeço, pois levanto

coisas mortais. Acabe em choro esquivo,                                            acabe, acabe, que não tem desculpa                                                  que por tão pouca coisa deixou tanto.

E o que mais me intriga é como esse tal Duarte Dias, escreveu isto sem me conhecer!

Tone do Moleiro Novo