domingo, 25 de maio de 2025

O Al Garbe

 Leio regularmente o JN.                                                                       E neste o Passeio Público.                                                                             Mais uma vez José A. Rio Fernandes.


E detive-me naquela em que:

"O rendimento líquido médio mensal no Alentejo é de 1126 euros e no Algarve de apenas 1104 euros" (!)

Num sei a fonte. Fui tentar descobrir mais, mas num tive pachorra para analisar a pouco objectiva e muito confusa informação sobre o assunto. (Na NET claro!)

No entanto dá para perceber uma coisa muito simples.

Estando o Alentejo pelas ruas da amargura quanto a este lado das estatísticas, o Algarve está ainda mais fundo.

Mas o curioso é que tendo o Algarve para vender aquilo que é de graça, o Sol, as Praias e a Temperatura da Água do Mar e tendo em conta que todo o mundo vai, todos os anos, lá depositar as suas poupanças, a pergunta é simples!

- PARA ONDE VAI O DINHEIRO se nem o pessoal tem rendimento que se veja?!?!?!

(Mistérios da fé perdida)






sexta-feira, 23 de maio de 2025

Carminda Alves Peixe


Carminda Alves Peixe

Agradecimento


Aconteceu no passado dia 20 de Maio o funeral da Carminda do Moleiro Novo, moradora que foi no Covêlo e que passou a ser, no Cemitério de Santa Maria de Vinha de Areosa.

Seus filhos, nora, netos, bisnetos e restante família vêm por este meio agradecer a todos aqueles que, sacrificando a sua rotina de um dia normal, se dispuseram a  estar presentes num acto que ao mesmo tempo foi uma manifestação de respeito pelos direitos que a morte cobra, mas também uma celebração pelo direito à vida, vida que tantas vezes e prematuramente, a morte sonega.

Não foi o caso. Morreu Carminda feliz pelos 103 anos que Deus lhe concedeu, como o demonstra o sorriso dos 100 anos, aquele sorriso das flores que constam na imagem que se junta.

Da mesma forma agradecer à Junta de Freguesia de Areosa, à Paróquia de Santa Maria de Vinha de Areosa, na pessoa do Nosso Prior Torres Lima, à Associação Distrital dos Reformados da PSP - de Viana do Castelo e a todos os que, por obrigação institucional, colaboram e participam nestes actos.

Também a todos aqueles que de uma forma ou de outra  nos fizeram chegar a sua solidariedade na circunstância.

Ao Nosso Padre Quintas que ainda não se esqueceu que um dia passou e parou, por e em Vinha.

Também e por fim ao Centro Social e Cultural de Carreço, com todo o seu pessoal, que muito contribuíram para o bem estar da Carminda nos últimos anos da sua vida.

Areosa, 24 de Maio de 2025. 



quarta-feira, 21 de maio de 2025

Morreu a Minha Mãe

 Isto porque já tinha publicado -  MORREU A MINHA NAI!

Ontem despedi-me d'Ela.

Mas num sei se foi assim

Se é que me despedi d'Ela

Ou se foi Ela de mim!

 (Maldita tendência para o rimanço. Mas rimou e foi verdade!) 

E ontem fiquei, na vigília, a sós com ela.

A minha Mãe é eterna...pensei ao olhar para aquela mulher.

Aliás, como todas as Mães o são!


Chegou à minha ideia uma quadra mexicana.


Despedidas no las doy

porque no las traigo aquí,

...

...

Como  poderia eu despedir-me de minha Mãe se, sendo eterna,  (como todas a Mães)  por aí a irei encontrando?                               Apenas num sei onde nem sei quando. 

(outra vez o rimanço). 

í

tinha a minha Biblia a meu lado para nos fazer companhia!

Os dois volumes da compilação da obra de Pedro Homem de Mello recentemente publicada pela Assírio e Alvim e capitaneada por Luis Manuel Gaspar.

Logo à entrada e no seu primeiro livro PHM lança a sua CARAVELA  AO MAR

E logo à entrada o seu primeiro soneto com o mesmo nome! 

Que passei a ler em voz alta para que minha Mãe ouvisse!                O sino de Vinha tangia oito vergastadas. 

Mar alto. A brisa leva docemente                                                          A minha caravela. Há nevoeiro...                                                          Falo às ondas, noviço marinheiro,                                                    Num canto adormecido que lhes mente.

Atrás só vejo mar e vejo em frente                                                         O grande mar também; vogo ligeiro...                                                   Tomo das águas movimento e cheiro                                                 Sou vaga entre as mais vagas da corrente

E logo acima encontro o céu distante                                                    O firmamento une-se ao mar gigante                                                    - Espelho onde se mira a eternidade...

Sinto-me só, minúsculo momento;                                                Tenho por mim não sei que sentimento;                                                 misto de amor, respeito e piedade...

   (Ó Doutor Pedro! Nem de propósito)

Afinal estava tudo alí!

O mar era o do Porto de Vinha.

A minha nau poderia ter sido talhada com as tábuas do caixão da minha Nai!

O céu afinal era perto. 

A minha Nai, que para lá já fora, ainda ali me fazia companhia.

E essa, aliviava-me da solidão do momento.

E o turbilhão de sentimentos desaguaram na piedade.

Num  foi piedade!

Foi pena!

Uma imensa pena. Uma imensa e triste pena daquela mulher.

Tanto fez por mim!

Tanto se sacrificou por mim.

- O meu filho há-de ser Padre ou Doutor!

Dizia na ansia de nos libertar da dureza da lavoura.

Num dei Padre nem Doutor

Apenas lavrador falhado e mecânico assim-assim!

Ali lhe pedi perdão por num ter correspondido à altura das suas aspirações.

E continuei a ler PHM que logo a seguir me descobriu na TREVA.

Amor de irmã, amor de noiva, amor de pais,                                    já tive a dar-me enlevo, a dar-me encanto;                                          Mãos de mulher a enxugar meu pranto,                                              Lábios piedosos a abafar meus ais,

Abriu-me a lira os mágicos portais,                                                    Vestiu-me a fantasia com seu manto,                                                    E foi minha alma a Deus, solta no canto,                                            Ao sopro de asas leves ideais.

Quando porém lhe falam de ventura                                             Dói-se o meu coração - logo procura                                                  O estranho bem as longes alegrias...

Dedos febris, a fronte húmida e triste,                                                  Fui sempre o cego, pálido que insiste                                                   Em ver os seus anéis de pedrarias

De facto! 

Fui sempre o cego que nunca reparou nas suas mãos vazias!

- Como é que PHM o adivinhou???

Mas PHM não foi apenas bruxo. Também espalhou conselhos. E nessa CARAVELA  AO MAR e também em Afife, deixou um.

Não choreis nunca os mortos esquecidos.                                              Na funda escuridão das sepulturas.                                                        Deixai crescer, à solta, as ervas duras.                                                  Sobre os seus corpos vãos adormecidos.

E quando á tarde, o Sol, entre brasidos,                                        Agonizar ... guardai, longe, as doçuras                                                  Das vossas orações calmas e puras                                                         Para os que vivem mudos e vencidos.

Lembrai-vos dos aflitos, dos cativos,                                                   Da multidão sem fim dos que são vivos                                                dos tristes que não podem esquecer.

E ao meditar, então,  na paz da Morte                                                      Vereis talvez como é suave a sorte                                                       Daqueles que deixaram de sofrer.

( - A Minha Nai?

Decerto

Muito me custaria se continuasse a sofrer por minha causa)

E assim passaram os lentos minutos lavando a negra alma com o sabão da poesia de Pedro Homem de Mello.

Poeta menor como toda a gente sabe.

Imaginem agora como seria se frequentasse o olimpo dos maiores!


NOTA

A minha Bíblia

Antigo Testamento


















Novo testamento



quinta-feira, 15 de maio de 2025

José A. Rio Fernandes

 Geógrafo/ Prof. da Universidade do Porto.

No JN de 14 de Maio de 2025.

"As casas não são cenouras!"

(Entenda-se aqui que "casa" se refere a "habitação")

Nem pregos, nem bombas de carnaval.

O tal mercado regula o preço das coisas (dizem)

E há gente que defende que as Leis do mercado devem também regular as Leis do próprio convívio social.

Mas que eu saiba na Nossa Constituição num está escrito:

"1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a um cesto de cenouras, de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.

2. Para assegurar o direito a um cestos de cenouras, incumbe ao Estado:





    Etc. e tal "







Nem de cenouras nem de outra coisa qualquer. Apenas à habitação!






Logo,  "as casas não são cenouras" como muito bem diz o citado!








Depois a Nossa Constituição continua dizendo que incumbe ao Estado:







c) Estimular a construção privada, com subordinação ao interesse geral, e o acesso à habitação própria ou arrendada;






Mas o que é que acontece no terreno?






É o Próprio estado que onera o acesso à habitação - própria ou arrendada.






E deixa al tal mercado a tal incumbência de resolver o tal problema de falta de habitação.








- Onera nas licenças de construção fazendo destas fonte de receitas dos municípios!





- Onera no IMT na compra de terrenos para construção.





- Onera no IMI subsequente.





- Não interfere na definição e  condução dos loteamentos.





- Não interfere no mercado do arrendamento.






E depois deixa que seja o mercado actuar no princípio de que se há falta de casas o que é necessário é construir mais casas.






E depois deixa ao Deus dará da tal falácia de que não há terrenos para construir






E que os que há são caros, daqui a necessidade de libertar mais terrenos para construção.






Estes são os argumento da indústria dos inertes (as tais substâncias que são isso mesmo - inertes) do betão e cimento armado que todas as Quartas-Feiras no PUBLICO propagandeiam estas ideias.








Em primeiro lugar  não há falta de casas em Portugal!







Segundo os censos há mais de 700 000 (setecentos mil) alojamentos devolutos.







Segundo os censos há mais casas que famílias sendo esse rácio em Portugal um dos mais altos na Europa.





Ver 




https://ionline.sapo.pt/2024/07/09/um-pais-de-casas-vazias/








Publicou Álvaro Santos

 




"Atravessamos a maior crise habitacional de que há memória no nosso país, no entanto, temos 723 mil casas vazias. Porque será?


Nos últimos cinquenta anos em Portugal, o número de habitações mais que duplicou, passando de 2,7 milhões para quase 6 milhões, entre 1970 e 2021. Tendo em conta que existem 4,1 milhões de agregados familiares, concluiu-se facilmente que, atualmente em Portugal, existem mais casas do que famílias."

Fim de citação.

Não há terrenos para construir!

É mentira!

Num faltam terrenos para construção.

Gostaria que os especialistas procedessem ao somatório de todas as áreas de expansão Urbanísticas já previstas nos PDMs de todo o país. E me viessem esclarecer.

Pois constou-me, em tempos, que haveria área para acomodar quatro (?) vezes mais que os nossos dez milhões.

No entanto e apesar disso aprova-se uma lei que permite libertar mais terrenos para construção. 

- Com que necessidade???

- Com que objectivos???

Quanto ao arrendamento vejam a guerra que fizeram por causa da tal Lei onde constava o tal Arrendamento forçado, que estava previsto na Lei n.º 31/2014 (Diário da República n.º 104/2014, Série I de 2014-05-30) promulgada por Cavaco Silva!)

Ora o que está em causa é uma questão de ordenamento e de terem conduzido o país inclinando-o para o lado do Mar subjugado ao peso precisamente do betão e do cimento armado. 

E pretende-se agora (e ainda) construir mais casas onde já há construção a mais!

Façam as contas ( estudem a cronologia)  e concluem das responsabilidades.


quarta-feira, 14 de maio de 2025

Ao sair de Dem

 Ao sair de Dem

deixei o didal

com letras que digam 

Viva Portugal


Assim começava a Rosinha de Dem da qual tenho uma história para contar!

Mas há outra quadra, esta da Velha! 

(Aquela que os de Santa Marta chamaram "Vira de Dem")


À beira da Serra d'Arga 

é que fica a minha aldeia

Adeus ó terra de Dem

Onde o meu amor passeia


E um grande pedaço das saudades morreu por estes dias, mas não saiu de Dem!

Esta devo-a ao Zé Miguel.  Decerto dos tempos em que os de Dem desciam a Mata Escura de Cabanas.

Com as minhas homenagens a todos os atingidos.





sábado, 10 de maio de 2025

Israel e a ocupação de Gaza

 "O governo israelita aprovou esta segunda-feira planos para uma nova ofensiva militar “intensiva” com vista à ocupação de toda a Faixa de Gaza.

O plano, que já recebeu ‘luz verde’ do gabinete de segurança, será “gradual e terá a duração de vários meses”. Ao contrário do que tem sucedido até agora, as forças israelitas não irão limitar-se a lançar raides em áreas específicas, retirando-se em seguida. O objetivo da nova ofensiva, para a qual estão a ser mobilizadas dezenas de milhares de reservistas, é assegurar o controlo de todo o território do enclave e “derrotar o Hamas de uma vez por todas”.

Noticias de 6 de Maio de 2025 Assinado Ricardo Ramos in CM


E no JN de 5 de Maio


"Gabinete de Segurança israelita autorizou, esta segunda-feira, expansão militar e tomada da Faixa de Gaza, deslocando palestinianos para o Sul."

Por.
Gabriel Hansen
Jornalista


Já no Público de 8 de Maio

























Mas o que mais me espanta é a perda de tempo e energias e fazenda a discutir o que é um facto consumado.

Gaza vai desaparecer os Palestinianos serão os párias (entre outros) do século XX (e do XXI) Serão corridos de gaza e submetidos na Cisjordânia.

Não haverá estado palestiniano para ninguém!

E ninguém (com força para tal) vai em socorro daqueles daquele sítio a que eu lhes chamo "Sitiados" para não ferir os outros que argumentam que essa coisa da Palestina não existe.

Ver


Efectivamente que a Palestina e  palestinianos não existem nem existirão pois o que prevalece é a força de Israel que nem os Estados Muçulmanos lhes podem valer.

No dia em que a força de Israel estivesse em causa, bastaria um porta aviões americano para resolver o assunto.

Basta olhar para a destruição total que Israel está a levar a cabo para compreender quão inútil é qualquer auxilio àquela gente.

- Para quê tanto esforço se logo a seguir chega a destruição???