quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

A Grande preocupação


A 17 de fevereiro de 1961  O Santa Maria atracou  no cais da Rocha do Conde de Óbidos, em Alcântara.                                                                                                       

Tinha vindo do Brasil depois de ter sido sequestrado pelos "guerrilheiros" do Henrique Galvão 

(Mas isso é outra história que não é para aqui chamado) 

E foi recebido  pelo Salazar em pessoa, que no meio de uma multidão proclamou:  

"Obrigado, portugueses"                                                                                  " Temos Santa Maria  connosco." 

Ora o que me interessa agora é precisamente o Nosso Salazar ter utilizado o vocativo "portugueses".

E era assim que se falava. Este "portugueses" referia-se claro está ao conjunto de portuguesas e portugueses.

O tal "neutro" ou o tal "comum" (sei lá!) de que os entendidos em gramática falam.

Mais recentemente o discurso mudou. E agora é moderno começar a arenga desta forma:

"Portugueses e portuguesas"

E não venho aqui em busca de quanta tinta foi gasta por causa disto!

Só venho observar que esse tratamento desde logo conduz a uma outra discussão

-Porque não "portuguesas e portugueses"?

Ou seja vendo as coisas mais amplas, chegamos à questão, crucial pelos vistos, do tal "género" Ou mais complicadamente "igualdade de género" ...                     ... como se o género num fosse igual mesmo sem etiqueta!

Apenas dois exemplos:

Teríamos de utilizar "estudante" se o dito cujo fosse macho. E "estudanta" se o dito cujo fosse uma dita cuja,

Prolongando a ideia, deixaria de haver "militares"

Se fosse macho até poderia ser. Se fosse fêmea então seria uma "militara"!!!

E quando o pessoal se referisse ao "ser humano" como o gajo é masculino, teria então que dizer a "sera humana" se fosse gaja.

Acontece que todos somos filhos ( e netos já agora) da história, de uma cultura...

E no meu caso foi na primeira classe que aprendi a ler a escrever e a contar. (Essa coisa da gramática veio mais tarde)

E a falar já eu sabia. 

Tinha aprendido no seio da minha família.

Mas, reparo agora, que esta minha última frase me pode colocar numa posição deveras delicada em relação a todos os recém chegados à história e que defendem a moderna distinção do "género"

"Família" é feminino e "seio" é masculino!

- Então como é que uma mulher pode ter "seios"??

Às tantas terei que começar a dizer que mamei nas "seias" da minha Nai!

Mas como a coisa num me soa nada bem tenho uma solução!

Direi que mamei nas "tetas" da minha Nai e fica essa coisa do género sanada!

Os Gregos que tinham as canseiras da vida resolvidas, dedicaram-se à filosofia.

Nós, como temos o sustento garantido nas prateleiras dos supermercados, dedicamo-nos à palermice!

tone do moleiro novo


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