" Farame a miña alma traición?
alma será a morte mesma?"
Em memória de Manuel Maria Teixeiro, poeta galego morrido em Setembro último, com as minhas homenagens já que, o acontecimento pouca monta mereceu nas distracções da nossa intelectualidade.
A alma me traiu, já não sei dela
Da vida, ou seu princípio, tarde nos apercebemos
Sinais da morte cedo pressentimos
Quando nascemos choramos
Alguém nos dá esse conhecimento
A morte, testemunho nosso, choramos.
Sem pedir a ninguém consentimento
Por isso a vida tarde ou nunca é vivida
Por isso a morte demasiado cedo é temida
A alma me traiu já não sei dela
Foi-se embora, ou morreu, ainda em vida
Este texto é dedicado à Maria Madalena, bemmequer do Vale da Lourinha, ali em Mós, perto de Porrinho que, na primeira hora depois da morte do seu amigo Manuel Maria, se disponibilizou a vir a Ponte da Barca falar dele.
Afife, Março de 2005
António Alves Barros Lopes
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