sábado, 1 de dezembro de 2012

OS ESTIGMAS QUE NOS AFASTARAM DO MAR E DA AGRICULTURA

"Numa altura em que urge criar riqueza no país e gerar novas bases de crescimento económico, é necessário olhar para o que esquecemos nas últimas décadas e ultrapassar os estigmas que nos afastaram do mar, da agricultura e até da indústria, com vista a produzirmos, em maior gama e quantidade, produtos e serviços que possam ser dirigidos aos mercados externos",

Estou a citar quem citou ( ver imprensa do dia 22 de Novembro de 2012) e quem cita o que foi citado a mais não é obrigado!

Acontece que segundo dizem os por mim citados quem falou a coisa em primeira mão foi o nosso Presidente, Anibal Cavaco Silva.

Graças a Deus que não falou na terceira pessoa do plural mas estragou logo tudo quando, em vez,  aplicou a primeira pessoa do plural - ESQUECEMOS - Nós, subentende-se!

- Nós quem Sr. Presidente?

Eu não esquecí e ainda cá estou. Nem eu nem o meu amigo Ernesto Minas. Muito menos este que perdeu a perna esquerda na tomada de força do seu tractor e ainda por cá anda!

Quem se esqueceu foram os estigmatizados, não os fisicamente como o Ernesto, pois estes transportarão a sua desgraça até ao cemitério.

Quem se esqueceu foram os estigmatizados mentais que por terem sido castigados em pequeninos a trabalhos forçados (???) nunca mais se quiseram  lembrar da agricultura com a agravante de, alguns deles, terem chegados a altos cargos da nação transportando consigo uma visão burguesa da humanidade e que por isso condenaram os vindouros ao betão e ao cimento armado.

Mas esses, tendo esquecido, morrerão sem remorsos.

A não ser que se trate de um pungente caso de contrição tardia!

Tone do Moleiro Novo numa tarde em que se achou sem pachorra para aturar tanto cinismo, tanta desvergonha, tanta cara de pau!

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