quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Histórias de Lobos

Encontrei na página  de Paulo Alves, as seguintes imagens.
No Lugar de Vilarinho em Covas
Que se tratam da carcassa de uma vaca que restou depois de um ataque de:

- Uns dizem que foi lobo.
- Outros dizem que foram cães assilvestrados!

Vou contar a minha história

Há uns anos vieram a Outeiro uns pândegos  garantir que não havia lobos. 

- Só cans assilvestrados! 

Desde logo não entendi então o porquê da reunião dado que no seu anúncio se tratava de uma sessão de esclarecimento acerca da protecção aos Lobos. Isto na "serra" de Santa Luzia e dirigida a uma comunidade detentora da maior concentração de garranos na chão. Curiosa coincidência!

-  Desde logo pensei para mim se tal se tratava para que é que se estava a falar da protecção duma coisa que, no local, não existia!

E lá fui ouvindo que o lobo não era assim tão mau como parecia. 
Que era necessário protegê--lo. 
Que tinha a má fama de atacar os rebanhos, mas que afinal não era verdade pois o que havia era cães assilvestrados!

- O pessoal é que não sabia distinguir entre um lobo e um cão assilvestrado!

 - Mas os especialistas foram avisando que se alguém matasse um lobo ia preso! Pois era um crime previsto na lei de Protecção aos lobos!

Imaginem a confusão que se instalou na minha pobre cabeça. Primeiro não havia lobos, só havia cães assilvestrados. Mas se um desgraçado matasse um lobo seria enjaulado!

Desta forma qualquer dono de um rebanho que fosse atacado por um bicho desses e como não sabia distinguir entre um lobo e um cão, teria que perguntar ao bicho o que era e só depois dar-lhe um tiro em defesa dos seus animais.

Em alternativa e não tendo um desses entendidos por perto para o assessorar, o nosso pastor teria que tirar uma fotografia ao bicho enviar para o Parque Peneda e Gerês, pedir ao bicho que não abandonasse o local e esperar pela confirmação para depois disparar. Nos dias de hoje com um smartfone seria rápido (se houvesse rede e o gajo não fugisse). 

- Um, mais desesperado que eu, de Outeiro, perguntou então o que podia fazer se visse  um desses bichos atacar o seu rebanho. 

- Farto dos prosapianos (de prosa e de prosápia) dos  responsáveis e entendidos, o Lopesdareosa disse ao Homem: 

- ÓH Homem sempre que suba ao monte, leve uma caçadeira e na iminência de um ataque, abata o animal!!! 

O Homem deu saltos!

- Mas se abater um lobo vou preso, retorquiu o Homem ainda mais desesperado! 

- Se isso acontecer, o Senhor vai a tribunal dizer ao juiz que o abateu por engano pois não sabia distinguir entre um lobo e um  tal assilvestrado.

 - E NESSA ALTURA TEM UM MONTE DE TESTEMUNHAS A SEU FAVOR.                     ESTÃO TODOS NA SUA FRENTE, ALI NA MESA!!! 

Rematou o Lopesdareosa. 

- Resultado! - Acabou a reunião! 

E foram todos comer o chouriço, o presunto, a brôa e beber o vinho que, mesmo assim, os de Outeiro ofereceram aos convidados!

Resumindo!
Sou pela preservação da natureza. Sou pela protecção dos lobos! Conheço a Lei de Protecção dos lobos! Mas quanto à propriedade e ao lobo, coloco-os nesta mesma sequência!

E só faço um pequeno reparo aos entendidos!

Os que defendem a existência dos lobos, apenas porque sim,  são os verdadeiros criminosos

Pois se não lhes dão de comer os lobos morrem à fome!!!

tone do moleiro novo ( a coisa não acaba aqui!)


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