sábado, 11 de junho de 2016

JOEL CLETO

Gosto de o ouver no Porto Canal. Traz-me à memória o nosso Hermano Saraiva e as suas explicações televisivas.

No entanto a coisa repete-se. Depois de ter tele-espectado o erro mais que grosseiro da identificação do local da morte do Santo Aginha como tendo sido no Adro de S. João, fiquei com todo o direito de duvidar do iminente professor sempre que ele se referia a factos, monumentos, documentos, e locais, longe do meu conhecimento.

E, repito, gosto de Joel Cleto.

Mas...

Acontece que não há muito tempo,  no JN, aparece Viana do Castelo identificada como sendo ou tendo sido VIANA DA FOZ DO MINHO. Ora eu nunca em tal ouvira falar. Nem o rio Minho passa em Viana para ter lá a foz. O que sei e li em muitos documentos é que essa Viana era identificada como VIANA DA FOZ DO LIMA. E com toda a lógica.

E aqui vai o print screen desse lapso que em principio não passaria de um lapso se não fosse repetido.







www.pressreader.com/portugal/jornal-de-notícias/20160227/282230894769259

27/02/2016 - Por Joel Cleto, Historiador. Muitos antes de Viana, até aí designada como “do Minho” ou “da Foz do Minho”, se ver denominada como “do ...
 
Ora bem! Acontece que agora me chegou ás mãos, edição do Jornal de Notícias, um folheto GUIAS DO CAMINHO DE SANTIAGO - O CAMINHO POR BRAGA, introduzido por Joel Cleto, que na página 29, no trajecto de Rubiães a Valença, contém o itinerário na seguinte descrição:

 
"Até Valença tem mais de 19,3 km para andar. Da ponte romana sobre o rio Coura o trajecto segue para Cossourado por um caminho onde há importantes vestígios do que foi a Via Romana XIX, nomeadamente marcos miliários de Caracala e de Augusto.
A subida até ao São Bento da Porta Aberta, em Terras de Bouro, voltará a exigir força nas pernas. O santuário, fundado no século XVII fica no caminho para Gondomil uma pequena aldeia do concelho de Valença...."
 
Efectivamente será preciso muita força nas pernas ir de Cossourado a Terras de Bouro e regressar ao tal santuário que fica no caminho para Gondomil no concelho de Valença!!!!
 
ÓH Senhor Joel Cleto. Espero que pouco ou nada tenha a ver com estes detalhes. A não ser assim começo  a desconfiar!!!
 
 Tone do Moleiro Novo

2 comentários:

  1. Caro Barros Lopes

    Agradeço o seu contacto e comentários. A História tal como qualquer outra ciência só progride e se aperfeiçoa na base também do contraditório, do aperfeiçoamento das técnicas e análises e da incontornável necessidade do investigador (deste caso o historiador) tomar consciência que não é dono da verdade absoluta. Obrigado, por isso, pelo seu contacto.
    Estive por estes dias em Santiago de Compostela e só agora regressei e li com atenção os seus comentários. Vamos por partes:
    1 - a questão de Santo Aginha (suponho que se refere ao da Serra d'Arga). Confesso que não me lembro de já ter falado nele nos meus programas (já lá vão dez anos de programas...). Mas se o diz, não o duvido. Estranho é que eu tenha dito que ele tinha sido morto junto ao mosteiro de S. João d'Arga - até porque conheço há muito a capelinha que naquela serra assinala o local da sua morte. Aliás - e nem de propósito - gravei há cerca de quinze dias um episódio que irá para o ar na noite de S. João onde me refiro a Santo Aginha, à sua conversão graças a um monge daquele mosteiro, mas onde digo também que foi assassinado na serra. Fica pois a correção.
    2 - a questão de "Viana da Foz do Minho". Trata-se, obviamente, de um lapso. Lamentável, é certo. Mas um lapso, não um erro. Aliás, fará a justiça de reconhecer que logo no parágrafo seguinte está corretamente escrito "Viana da Foz do Lima".
    3 - quanto à questão do "Guia dos Caminhos de Santiago" do Jornal de Notícias. Sou, com efeito, a convite daquele jornal o autor dos textinhos introdutórios a cada volume. Aceitei, muito honrado, por se tratar de um projeto editorial que fazia há muito falta no nosso país, por ser um trabalho cuidado e por nele estar envolvido gente qualificada e que respeito. Os autores dos textos (que estão, de resto, identificados) são todavia outros. Pelo que lhe solicito que, neste caso, coloque as suas dúvidas/notas ao respectivo autor. Como reconhecerá não seria legítimo da minha parte tal intervenção.
    Agradecendo uma vez mais a sua colaboração e chamadas de atenção
    Abraço
    Joel

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    1. Que confusão!

      Refiro-me, no caso do Santo Aginha, ao "iminente professor" Hermano Saraiva quando este contou a sua lenda no Adro de S. João.

      A atribuição de responsabilidades quanto aos lapsos que se seguem, salvaguardei-a eu no último parágrafo.

      Onde eu quero chegar e faço-o no melhor dos humores, é que daqui a cem anos os investigadores irão buscar a informação aos entendidos de hoje e não a borra-botas como eu!
      E que por isso é necessário mais cuidado naquilo que se publica!
      lopesdareosa

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