sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Afife por Ser Afife (III)

 

 Afife por Ser Afife (III)

O (II) foi publicado na A AURORA DO LIMA  em 7 de Agosto de 2025.

Aí manifestei o quanto Afife me tem ensinado desde que cá cheguei (de bicicleta), em 1963. E continua ensinando. Desta vez em relação ao Rio de Cabanas em comparação com o  Nosso Areosense, Pégo. 

É que sempre sonhei que no percurso do Nosso Pégo e desde a queda no Poço Negro até à foz, no Gandaral, bem que o leito poderia ser organizado em cascatas sucessivas dando origem a mais Poços do Cascudo, a mais Poços de Anjo, a mais Poços da Baeta. As represas bem que poderiam ser conseguidas com o próprio material (pedras) retiradas do leito.

Que não! Que não se pode. Porque as Hidráulicas. Porque os do Ambiente.      Ou por qualquer outra razão. Ora aqui entra Afife e aquilo que Afife me ensinou e ensina.

Foi exactamente isso que os de Afife fizeram ali na Fátria logo a seguir à represa da água, no  inicio da levada que abastecia o Moinho da Casa da Ponte e depois daí para os Moinhos do Fial. Isto na margem direita do Rio.

E é isso que os de Afife me ensinam agora,  pois apesar das Hidráulicas e do Meio Ambiente, ou de qualquer outra razão, meteram uma giratória no meio do Rio no percurso entre a Ponte do Caminho de Ferro e a Ponte da EN13, alterando o leito do rio e construindo uma defesa nas suas margens.

Ver Fotografia.



 

Mas há uma coisa que os de Afife não ensinam os de Areosa. Estes há muitos anos destruíram a represa de água ali antes da Curva do Gandaral que retinha as águas que seguiam para o Paúl dos Fontes. Com as obras do emparcelamento até os canos em pedra existentes no Paúl desapareceram!

E digo que não ensinam pois fizeram exactamente a mesma coisa. 

No  percurso ente a Ponte do Caminho de Ferro e a Ponte da EN13 destruíram a estrutura antiga da represa que originava a levada de água para os Engenhos existentes a Jusante, na margem esquerda do rio. Sem fazerem o aproveitamento desta (represa) como o fizeram na Fátria.

Ver fotografia



 

Estou muito orgulhoso que por uma vez Areosa se antecipou a Afife.

Afife 03 de Outubro de 2025

António Alves Barros Lopes

( publicada na A AURORA DO LIMA em 16 de Outubro de 2025)

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Outra vez a Palestina

 Perdão...  

"AQUELE  SÍTIO"

Já o publiquei e substituí PALESTINA por 

"Aquele sítio"

A fim de num ferir as susceptibilidades de todos aqueles que argumentam que a Palestina nunca existiu! 

Da mesma forma que tive de substituir os PALESTINIANOS por "os daquele sítio", 

ou seja

"Os sitiados"

Adjectivo, aliás, que se coaduna perfeitamente com a actual situação dos tais "sitiados".

Ver publicações anteriores

https://lopesdareosa.blogspot.com/2025/01/palestina-aquele-sitio.html

https://lopesdareosa.blogspot.com/2023/10/entender-palestina.html

https://lopesdareosa.blogspot.com/2023/10/um-mapa.html

Acontece que encontrei recentemente esta publicação, que remete precisamente a situação a que se chegou, não à "catástrofe" - Nakba - que os Palesti...perdão "os daquele do sítio" situam em 1947, mas sim a 1917 quando os Ingleses conseguiram derrotar o chamado Império Otomano ( os Turcos) 

















































Os "Turcos" foram derrotados em Dezembro de 1917          quando as tropas Britânicas comandadas pelo Marshal de Campo  Edmund  Allenby, conquistaram Beersheba,          Jafa e Jerusalém, ocupando Damasco no ano seguinte. 

Com a particularidade de (os Britânicos) terem sido apoiados pelas tribos (muçulmanas) "lá do sítio" estes na esperança de que conquistariam a independência 

(em relação aos turcos - como é evidente) 

- Ler -  "Os Sete Pilares da Sabedoria", de T.E. Lawrence

Bem lhes pagaram os Ingleses com a tal declaração de Balfour.

E com o mandato de "mandarem" na Pales... perdão "naquele sítio", - que durou até 1949. 

 Mandato da Liga das Nações 1922 -

E agora pergunta-se 

- Com que legitimidade???

Com que direito Ingleses e já agora franceses, se deram ao direito de decidir a divisão de um território que não lhes pertencia!

Apenas o direito do poderio das armas.

Nem se pode falar em colonialismo pois tanto Franceses como Ingleses não colonizaram a Pales... perdão "Aquele sítio".

Foi um acto de puro imperialismo!

E  deram-se ao luxo de desenharem no mapa a partição daquele sítio. 

Primeiro em 1916 no acordo chamado Sykes-Picot oficializado em 1920 no acordo de S. Remo. 

( Estes, Sykes e o tal Picot funcionários, britânico e Francês respectivamente, que dizem estarem bêbados quando rabiscaram os mapas)

E depois já na vigência do tal mandato  que curiosamente fala em MANDATE FOR PALESTINE



E pelo meio há a tal Declaração de Balfour -  1917 -  o tal ministro britânico que se permitiu prometer aos Judeus um pedaço da Pales... perdão "daquele sítio" ( - Com que direito?  Perguntaria eu)

Mas e apesar de tudo e como bem salienta F. Falcão Machado, a tal declaração de Balfour previa que 

...nada seria feito que pudesse atentar contra os direitos civis e religiosos das colectividades não judaicas existentes na Palestina, nem contra os direitos e estatuto Politico de que gozam os judeus em qualquer país"

E afinal o que aconteceu???

Os Ingleses e já agora a Sociedade das Nações, cagaram-se nos seus próprios compromissos.

E mandaram à merda Hussein bin Ali e as promessas (1915-1916) de Sir Henry McMahon que lhe garantiu o apoio daquele e a  revolta árabe contra o Império Otomano. 

A paga foi o que seguiu até hoje. 

Os Pales...perdão, "os daquele sítio" serão corridos de lá para fora!

E o último esperneanço dos "sitiados" foi o tal 7 de Outubro de há dois anos. Uma carnificina parecida com aquela que aconteceu no Norte de Angola em 1960. E nessa altura foram os terroristas da UPA. Hoje estão no poder. (Senão eles os herdeiros)

Por isso essa coisa do terrorismo é muito volátil. 

Hoje terroristas amanhã libertadores pois lutaram pela independência.  

(P.e. Os Judeus - a IRGUN -  que, em 22 de Julho de 1946,  dinamitaram o Hotel Rei David em Jerusalém e mandaram para o galheiro mais de 90 pessoas na sua maioria oficiais britânicos.)

Aconteceria o mesmo com o "Hamas" se alguma vez tivesse peito para fazer frente aos Israelitas.

Mas não tem! 

E os Pales...perdão os daquele sítio, não tendo quem os defenda, serão de lá corridos definitivamente.

Gaza será destruída

Então a "guerra" acabará e o Trump ganhará o Nobel porque conseguiu acabar com mais uma guerra!

E num haverá Palestina para ninguém. 

A Cisjordânia será Israelita.

E Gaza será o tal ri - sorte à beira mar Mediterrânio plantado!

Tone do Moleiro novo dixit

 





domingo, 5 de outubro de 2025

Jacintos de água. UM ESPANTO!

 Notícia fresquinha como a pateira!















                        Nada contra a ceifeiras nem aos jacintos de água!

No que me concentro é na conclusão assinalada a vermelho.             Depois de recolhidos, os jacintos de água, vão para fertilizar terrenos agrícolas. 

Porque:

Em terra não se multiplicam e apodrecem.

Já no Algarve a coisa fia mais fino. O argaço vai para o lixo!

É que deitado à terra não apodreceria e multiplicava-se.                       ( Ou por causa do sal - dizem. Andam a estudar a coisa na Universidade do Algarve, no Ministério do Ambiente e na Agência Portuguesa do Ambiente.)

Ver a parvoíce em:

https://lopesdareosa.blogspot.com/2023/09/o-que-fazer-com-o-argaco.html

E em:

https://lopesdareosa.blogspot.com/2024/10/argaco-em-portimao.html


Tone do Moleiro novo

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Morreu o António Barreiros

 É tão fácil respeitar os mortos! 

Basta um choro pungente das carpideiras do costume.

Basta que lhes mijem em cima da campa como o fazia aquela que chorava pelo sítio em que, pelo morto, sentia mais saudades!




Morreu o Barreiros ali do Chão de Vinha. Tinha 102 anos. Uma universidade portanto. Os nossos respeitos a quem, para além da reforma, tanto tempo viveu amarrado ao volante do seu carocha.

- Mas quem o respeitou em vida???

O Tribunal de Braga não!

E o Senhor António Barreiros do alto dos seus noventa e tal anos foi testemunhar que:

- Areosa ia até à Capela de S. Roque.

- Que era aí perto que existia o posto ande se pagava para entrar em Viana.

- Que como proprietário e lavrador na veiga de Areosa a veiga era contínua até entre quelhas sem nunca se aperceber de qualquer marco ou  limite entre Entre Quelhas e Camboelas.

- Que os De Areosa quando se deslocavam a Viana esgotar as fossas da Ribeira montavam o caixão da jorda no carro de vacas saíam depois do Jantar e tinham que esperar pela meia noite para entrar na Cidade. Eram barrados entre a Gnr e São Roque e tinham que esperar que a Senhora d'Agonia tangesse as tais 12 pancadas necessárias para  a permissão. 

(assim de cabeça num testemunho que deve ainda existir pois foi gravado.)

O mesmo o disseram a Maria da Lifonsa e o já falecido Luis Ruas, assim como O David Caravela e o Maria Irene Gonçalves 

Mas perguntem ainda à Maria de Inácio ali no Châo de Vinha cujo testemunho foi inexplicavelmente dispensado no tal processo.

- Mas sabem como foi classificado este testemunho pelo Tribunal Administrativo de Braga??? - Vou transcrever textualmente.

Que todos esses testemunhos o tinham sido como  "alegadamente" dados! Particularizando:

" Também revelaram-se nítidas incongruências e inconsistências nos seus depoimentos quando mencionaram que carros de bois alegadamente iam fazer as descargas das fossas das casas de Viana e traziam os dejectos para os terrenos de Cultivo de Areosa (onde alegadamente eram espalhados) levando em contrapartida por parte dos habitantes de Areosa géneros alimentícios galinhas e e cetera. Razão pela qual não merecem qualquer credibilidade por parte deste Tribunal."

Já agora também testemunharam que eram barrados entre a GNR e São Roque e tinham que esperar que a Senhora d'Agonia tangesse as tais 12 pancadas necessárias para  a permissão de entrada na Cidade. 

Ora a palavra o tal "Alegadamente" é utilizada na qualificação do testemunho dos de Areosa quatro vezes acompanhadas por outras expressões .

"Incongruente contraditória com nítidas discrepâncias e repleto de notórias inconsistências"

E a decisão do Tribunal ainda se refere embora truncadamente ao teor do testemunho dos de Areosa.

No entanto sem o fazer em relação ao testemunho dos de Monserrate e em parte nenhuma classifica esse testemunho como "Alegadamente"

Acontece assim que o testemunho do Senhor António Barreiros            ( assim como das outras testemunhas) não mereceu qualquer credibilidade por parte do Tribunal. Porventura ainda seriam necessárias outras testemunhas para confirmar os testemunhos dados alegadamente.

Bem lá no fundo das nossas malévolas interpretações as testemunhas de Areosa só foram ao tribunal tentar aldrabar a justiça!

No entanto nada de novidade houve nos testemunhos de Areosa pois no processo constam documentos do século XVIII e XIX que comprovam esses testemunhos.
Ao contrário da parte contrária que não exibiu um documento de fosse a justificar o tal limite do CAOP que Alegadamente 

" não veio estabelecer ex novo os limites referidos...tendo-se limitado a recolher aqueles limites que desde tempos imemoriais foram os limites entre a Freguesia de Areosa e a Freguesia de Monserrate!"

- Desde tempos imemoriais???

- Quem é que testemunhou isso???

- COMO O DEMONSTRAM???

- E que é que o Tribunal fez à memória dos testemunhos de Areosa, que assumiram que não tinham qualquer memória de que o limite fosse algures pelo meio da Veiga de Areosa???

- E então que é feito dos documentos que comprovam e demonstram o contrário e que fazem parte do Processo???

Bem quanto ao nosso António Barreiros e a sua (e a dos outros) idoneidade vou parafrasear o nosso conterrâneo Carlos Baptista.

“Conseguiram manchar o bom nome de Areosa e beliscar a dignidade de quem cá vive”