domingo, 30 de novembro de 2014

DAR MÚSICA

DAR MÚSICA!

Pela minha não recebo nada!
Posso fazer algumas citações
Música, eu nasci pr'á música - José Cid 1978
Music was my first love  - John Miles 1976
As datas não estão trocadas. Apenas se apresentam na cronologia certa para quem começa a ler o texto de baixo para cima!
José Cid, o nosso José Cid! O nosso Jerry Lee Lewis, tocador à patada! O nosso Elton John ribatejano! O nosso Billy Joel da Riverside!
By the ee resolve, num impulso da maior humildade auto elogiosa, coisa rara aliás em José Cid, manifestar este que alguém em situações posteriores (no tempo entenda-se) lhe teria copiado a ideia de se apresentar nú, ou não completamente, nos idos anos noventa para demonstrar qualquer coisa!
Etiquetando o embrulho como "suas ideias"

Como dizia a minha avó; que andava meio mundo a enganar outro meio, farei parte dos zombies, que habitam os buracos negros, cuja memória é fodida como já demonstrei em tempos nesta página.

Assim e para recordação dos meus leitores ( eis aqui um sinal do meu pretensiosismo - ter eu leitores! ), aqui vai de novo o nosso Quim Barreiros que, esse sim e sem ter copiado ninguém, se escudou na concertina para não escandalizar ( por excesso) o mundo!    - VER EM

http://lopesdareosa.blogspot.pt/2010/12/quim-barreiros.HTML


Mas há uma diferença não  despicienda.  
(- É assim que se diz? - oh! intelectualidade!)
É que enquanto o Cid Campinador, o Bruno Viola, e o Morrissey Damilume dão música vinílicodigital, a música do QUIM é unpluged!
- Não sei se estão a ver!


E digam lá que a juventude não é linda!
                                                                                                                     Tone do Moleiro Novo, pelo Santo André das Almas, 2014
                                                                 

terça-feira, 25 de novembro de 2014

CAOP

O   Penedo  da  Era

( Ou de como o CAOP não é um documento fiável)

No ARCHIVO VIANENSE, de 1895, Figueiredo  da Guerra iniciou este seu trabalho precisamente com Santa Maria de Vinha ( de Areosa).  E não terá sido por acaso!

Logo na entrada escreveu:

A egreja de Vinea é sem dúvida alguma a mais antiga de todo o nosso extincto termo de entre Âncora e Lima: a ella pertenciam as collações de Âncora e Villate.

Na sua terra ou districto estavam as Villas de Vinea ou Vinha, de Figueiredo, da Foz e de Castro com varios casaes e herdades, estendendo os seus limites desde de Além do Ribeiro de Victorino ou do Pégo ao do Ameal sobre a Meadella, fechando no alto do monte Tarrujo ou Carregio, no penedo da Era ao Norte do ermitério de S. Mamede, que também estava na sua dependência.“

 A análise de todo este parágrafo dará pano para mangas!  Fica para mais tarde. Centremo-nos por agora no Penedo da Era e seu conhecimento.

- Onde é que Figueiredo da Guerra foi buscar que a terra da egreja de Vinea fechava aí “…no alto do monte Tarrujo ou Carregio, no penedo da Era ao Norte do ermitério de S. Mamede…” ?

- Será desconhecimento meu das fontes ou mais uma manifestação do enigmatismo de Figueiredo da Guerra do qual Almeida Fernandes se queixava? Solicito desde já que os entendidos venham em socorro da minha ignorância.

Isto vem a propósito de que o saudoso Dr. Luis Branco de Outeiro,  homem que, de generoso também, resolveu  elogiar-me, em Agosto de 2005 nas páginas desta AURORA DO LIMA.  Tivéramos um encontro numa tarde de sábado no bar do Carvalho, na praia de Afife.  Naquele mesmo bar, que incomodando imenso na arriba, foi recentemente desmantelado. Falámos de Areosa e de Outeiro. Falei que éramos vizinhos de costas voltadas. De um texto por mim publicado na A AURORA DO LIMA de Abril de 1997 dizendo isso mesmo.   Perguntou-me dos fundamentos desse texto dado que a cartografia oficial não dava Outeiro confrontando com Areosa.

Afirmei  então  que  essa  cartografia estava errada  e convidei-o  a  subir à Chão Grande.  Lá chegados  mostrei-lhe  uma  laje  nativa  onde  os nossos antepassados tinham gravado um grande O e um grande A separados por um valente traço.
 
  - Não fui eu que fiz isto! – Disse acrescentando que os sinais correspondiam ao que estava escrito no tombo de Outeiro. Ao contrário do que mostrava a cartografia oficial, esta, com Carreço a confrontar com Outeiro, apresentava aquela freguesia com a forma de um trapézio, que a estar correcta, colocaria parte de S. Mamede em Carreço, o que seria um disparate. Aliás o Padre Enes Trigo, nos inícios do século dezanove,  no seu livro sobre a Comenda de Carreço, além de descrever  a fronteira com Areosa até ao Penedo da Era, tivera o cuidado de desenhar (ver imagem seguinte)  o contorno de Carreço que mais se parece com um triângulo de que com um trapézio.


Estas considerações levaram o Nosso Dr. Luiz Branco a publicar então em 2005 nesta AURORA, esse tal texto em  que mostrava um extracto da cartografia errada  solicitando a sua correcção e invocando os meus “conhecimentos”.  Ver ilustração seguinte.


Ora esse  extracto não era mais que a cópia de uma qualquer  brochura da divisão administrativa do Concelho de Viana, realizada em cima  da Carta Administrativa de Portugal – O tal CA(O)P editada pela Comissão Nacional do Ambiente, impressa no Instituto Hidrográfico em 1979, realizada pelo Eng. Agrónomo e Geógrafo José Correia da Cunha, ( o tal que em 2 de Fevereiro de 1972 na Assembleia  alertou para  tudo o que iria  acontecer a Portugal nas décadas seguintes!) errada neste caso como presumivelmente em tantos outros.
Aliás a própria entidade responsável assume o caracter não definitivo desse documento. Em Ofício datado de 12/05/2004, Refª. 1094/CIC-DEC/04 e dirigida ao Presidente da Junta de Freguesia de Areosa, O INSTITUTO GEOGRÁFICO PORTUGUÊS manifestava “… devendo esta versão da CAOP ser considerada como uma base de partida, sujeita a alterações sempre que sejam detectadas incorrecções e/ou imprecisões.” aquando de uma reclamação feita pela Autarquia de Areosa.
Quanto ao Penedo da Era nunca vi este monumento mencionado em qualquer cartografia.
O que sei é que se encontra mencionado no livro da Comenda de Carreço, numa Acta da Junta de Freguesia de Areosa e, indirectamente, na remissão do foro dos Montados de Areosa.  E não sei de onde é que dele veio o conhecimento de Figueiredo da Guerra.
Mas há uma referência recente  ao mesmo.  Antunes de Abreu na sua História de Viana do Castelo logo de início a pgs. 91, e depois a pgs. 149, 170 e 200 fez publicar ilustrações da divisão de freguesias, quer expressa quer conjuntural,  precisamente assentes nessa tal cartografia errada. ( já Almeida Fernandes tinha apresentado em Como Nasceu Viana, pag. 71 , um hipótese de divisão de paróquias que embora apresentando já Outeiro a confrontar com Vinha,  está longe da chegada desta ao tal Penedo da Era! ( Ver ilustração abaixo.)
 Mas e apesar disso e mesmo sem suporte de cartografia credível, lê -se a Pgs. 129  da citada História de Viana do Castelo.
 A Igreja de Santa Maria de Vinha era a mais antiga da faixa litoral entre Minho e Lima e englobava as colações de Âncora e Vilar (Riba) de Ancora. Este território incluía as "Villas"  de Vinea, Figueiredo, Foz e Crasto ( estas três últimas serão assento da Vila de Vianna) e outras até ao Castelo roqueiro Tarrúgio ( Sec XI -XII) no Penedo da era ( ao norte da Ermida de S. Mamede)”  Remetendo para  o que Almeida Fernandes escreveu na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, onde este, por sua vez, cita Figueiredo da Guerra, acerca de  Vinha de Areosa
Ora, o texto citado,  mais não é o que Figueiredo da Guerra escrevera antes, com duas novidades:
- A primeira é  a  existência de “… outras… Villas…” ( Informação que vem de Almeida Fernandes que não dizia apenas outras mas … muitas outras….  Resta saber quais e onde).
 -  A segunda é a existência de um Castelo Roqueiro ( Sec XI -XII) no Penedo da Era, que é uma novidade não só em relação ao texto de Figueiredo da Guerra como ao de  Almeida Fernandes.
O facto de tanto Almeida Fernandes como Antunes Abreu falarem do Penedo da Era e apresentarem configurações erradas do contorno, ( que tem tudo a ver com o Penedo da Era)  de Areosa (Vinha) leva a concluir  que não conheciam a localização do Penedo da Era. Quanto a Figueiredo da Guerra não disponho de informação para discernir.
Das leituras de França Amaral, tanto do Tombo do Couto de Cabanas como do de Outeiro, Era virá de “Estrera” sitio na Chã da Carvalha referenciado nos dois documentos.
Como estes monumentos (o castelo e o penedo) não estão identificados na cartografia disponível, para todos aqueles que no terreno se queiram inteirar onde fica o Penedo da Era, subam ao Monte Tarrúgio vão ter ao sitio do Castelo Roqueiro, que encontrão o Penedo nas cercanias. Para quem  conheça a localização do Penedo da Era, e não saiba do Castelo, suba ao mesmo monte e  vá ter ao  Penedo.               Deve ser lá perto!
Lopesdareosa,   Novembro  de 2014

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

FLOREIRAS ARTISTICAS

DO JN DE HOJE

"Um habitante de Guadramil, uma aldeia do Parque Natural de Montesinho, diz que se sente discriminado porque foi notificado pela câmara de Bragança para retirar as sanitas, bidés e autoclismos que tinha a servir de floreiras, no passeio junto a uma casa de que é proprietário naquela localidade." 

A fotografia também é do JN

ÓH!  Sr. José! 
Por amor de Deus!

Se fosse a Joana Vasconcelos seria convidado a expôr e teria um prémio!

Repare, o Sr. para além da vulgaridade de se chamar José ainda por cima é Silva, o que não abona!

Depois é de Guadramil sítio que nem os especialistas em agregações sabem o que é!

Além do mais não consta que o Sr. José, apesar de estar no perímetro do Parque Natural de Montesinho, seja espécie protegida!

Coragem Sr. José!

Quem não o compreende é porque não lhes cabe na cabeça que esses objectos também servem para colocar flores. Lá em casa, para lhes dar utilidade, não terão mais nada senão merda! 

Tone do Moleiro Novo!